A Polícia Militar vai apurar a conduta de policiais militares durante a prisão de um homem de 38 anos em João Monlevade, na região Central de Minas Gerais, na quinta-feira (29). O rapaz estava em uma distribuidora de bebidas quando os militares chegaram e iniciaram a abordagem truculenta, que foi filmada pelo circuito de segurança da loja.
As imagens da câmera mostram que o rapaz estava no estabelecimento quando os militares chegaram e o encostaram contra a parede, com as mãos para cima. Em seguida, os policiais tentam algemá-lo, mas ele resiste, é derrubado no chão e um militar começa a dar socos nele. Uma mulher, não identificada, ainda tenta impedir o homem de ser enforcado pelos policias, mas é empurrada por um deles. Eles seguem com a ação.
Populares ainda tentam conversar com a polícia, sem sucesso. A abordagem ocorreu, de acordo com o boletim de ocorrência, após o homem proferir um insulto aos militares, quando eles estavam realizando uma patrulha no bairro Cruzeiro Celeste. Eles não souberam pontuar se o termo usado foi “viado” ou “arrombado”.
Após se direcionarem à loja e demandarem que o homem colocasse as mãos na cabeça, os policiais registraram que o homem disse “não sou bandido não”, além de proferir mais um insulto aos militares. Com isso, recebeu a voz de prisão. Ainda de acordo com o registro, o homem resistiu à detenção. Nesse momento, o policias jogaram o homem no chão e iniciaram o enforcamento. Ele foi preso por desacato, desobediência e resistência.
O homem precisou ser encaminhado para atendimento médico, no Hospital Margarida, sendo conduzido para a delegacia depois de liberação do médico.
O que diz a Polícia Civil?
A Polícia Civil de Minas Gerais, procurada pelo BHAZ, informou, nesta segunda-feira (3), que ratificou a prisão em flagrante do suspeito pelo crime de desacato. Após o pagamento da fiança no valor de R$ 1.100, ele foi liberado (veja nota na íntegra abaixo).
PM vai apurar fatos
A Polícia Militar mineira, procurada pelo BHAZ, confirmou que já “está de posse do registro para análise e adoção de medidas cabíveis, incluindo a apuração dos fatos”. Eles ainda afirmaram que pautam “ações em táticas, técnicas policiais, cadernos doutrinários e seus Manuais de Procedimentos Operacionais e na garantia dos Direitos Humanos”, e reiteraram seu compromisso de “servir e proteger o cidadão de bem” (veja nota na íntegra abaixo).
Nota da Polícia Civil na íntegra
“Sobre o fato ocorrido no dia 29 de abril, em João Monlevade, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) ratificou a prisão em flagrante do suspeito pelos crimes de desacato e resistência. Após o pagamento da fiança, arbitrada no valor de R$ 1.100,00, ele foi liberado”.
Nota da Polícia Militar na íntegra
“A Polícia Militar recebeu as imagens da ação policial, da cidade de João Monlevade, bem como está de posse do Registro de Evento de Defesa Social, para análise e adoção de medidas cabíveis, incluindo a apuração dos fatos. A PMMG pauta suas ações em táticas, técnicas policiais, cadernos doutrinários e seus Manuais de Procedimentos Operacionais e na garantia dos Direitos Humanos. Por fim, reitera-se o compromisso de servir e proteger o cidadão de bem. Polícia Militar de Minas Gerais, 245 anos, nossa profissão, sua vida”
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