Árvores para Reflorestamento Comercial
Está pensando em investir em reflorestamento comercial mas não sabe qual espécie possui o melhor custo benefício? Separamos neste artigo as 6 melhores árvores para reflorestamento comercial.
Antes de começarmos a falar de cada uma das espécies selecionadas, é importante saber as características esperadas das árvores para reflorestamento comercial.
O principal ponto que faz uma espécie ser boa para esse tipo de reflorestamento é o tempo de produção e crescimento da espécie, a qualidade da madeira ofertada e o seu valor no mercado.
Em projetos de longo prazo (13 a 25 anos) as espécies consideradas nobres são as mais rentáveis para florestas comerciais. As características principais são a alta resistência e a durabilidade da madeira em conjunto com a sua beleza.
Veja agora quais são 6 melhores árvores para reflorestamento comercial no Brasil.
1º lugar: Mogno Africano
Madeira nobre e com bom retorno financeiro, essas são as principais características do Mogno Africano. A espécie é considerada uma opção para a realização de reflorestamento comercial porque possui boa rentabilidade.
O Mogno Africano ganha destaque para o reflorestamento comercial principalmente pela sua alta resistência à pragas. A madeira é comercializada para fins na construção civil e naval, lâminas, painéis, produção de instrumentos musicais, móveis de luxo, pisos, revestimentos e outros.
O plantio da espécie iniciou no estado do Pará, se espalhando para as regiões Centro-oeste, Sudeste, e recentemente no Nordeste e parte da região Sul do Brasil.
A receita bruta estimada supera meio milhão de reais para um hectare. Entre o 17° e 25° ano de idade a madeira em em pé pode variar de 100 até 600 euros para cada metro cúbico conforme à dimensão, qualidade das toras e distância do comprador.
2º Lugar: Teca
A Teca é uma espécie exótica presente principalmente no subcontinente índico e no sudeste asiático.
O plantio da Teca no Brasil precisa ser cercado de cuidados em relação ao solo e clima da região. Para o bom desenvolvimento da espécie, é necessário realizar o plantio em solo com Ph neutro, porque a espécie não suporta solos muito ácidos. A planta também necessita de um período seco de 3 a 5 meses por ano.
No Brasil, a espécie leva em média 25 anos para alcançar a fase adulta, podendo ser comercializada a partir do quinto ano. Essa primeira fase da madeira pode ser utilizada para confecção de cabos de vassoura, portas e móveis rústicos. As madeiras de árvores mais maduras podem ser utilizadas para construções civis, navios, cercas e estacas.
A região de maior predominância de plantios da Teca no Brasil é o estado do Mato Grosso, devido às condições climáticas e perfil do solo.
Em relação ao investimento e rendimento financeiro. A madeira em seus primeiros 5 anos, pode valer até R$ 150,00 m³ e em fase adulta o hectare pode valer mais de mil dólares o metro cúbico quando já serrada no mercado internacional
3º Lugar: Ipê
Espécie nativa, o Ipê é muito utilizado para o reflorestamento de mata ciliares e também para arborização urbana, sendo a árvore ornamental mais plantada no Brasil. O ipê possui madeira de alta resistência, pesada e escura que é utilizada para fabricação de decks, pisos entre outros. A espécie também é empregada para produção de produtos não madeireiros.
A entrecasca, especialmente do ipê-amarelo, possui propriedades terapêuticas e é manipulada para tratamento de garganta e estomatites.
A madeira é comercializada no mercado internacional média 1.200,00 dólares o m³ serrada. Embora possua um valor de mercado expressivo, seu plantio no Brasil ainda não é muito difundido devido ao tempo de maturação da madeira, que pode levar mais de 30 anos para o corte raso.
4º Lugar: Guanandi
O Guanandi é uma árvore nativa do Brasil e pode receber outros nomes de acordo com a região do país. É considerada uma madeira de lei, porque possui alto valor agregado e uso para fins nobres.
Por ser uma árvore nativa, o Guanandi garante maior vantagem ao meio ambiente a biodiversidade local. A espécie se adapta facilmente nas florestas hidrófilas, que são inundadas em parte do ano. Crescem bem em solos úmidos, argilosos e saturados por água.
O corte para uso da madeira é indicado entre 18 a 30 anos, sendo possível realizar o primeiro corte por volta dos 11 anos de idade. A madeira possui uma ampla aplicação e é bastante valorizada na marcenaria e construção naval.
5º Lugar: Eucalipto
O Eucalipto é muito comercializado para o uso na indústria de celulose e papel, sendo considerada uma árvore de ciclo curto, com o corte raso entre 6 e 7 anos de idade.
Para uso da madeira em locais externos, ao ar livre, é essencial que seja realizado o tratamento em autoclave. Esse tratamento colabora para a durabilidade do produto final e é considerado um ponto negativo da espécie, porque demanda tempo e investimento financeiro.
O valor de venda da espécie varia de acordo com a região do país, chegando em R$ 77,50 m³.
6º Lugar: Pinus
O Pinus, cultivado amplamente no Brasil há um bom tempo, é considerado uma espécie exótica comum. Os estados que mais realizam o plantio são São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, devido às características climáticas.
A principal finalidade da madeira do Pinus é a fabricação de móveis, estrados, caixotarias, embalagens de madeiras e construção civil. A madeira também pode ser utilizada para produção de resina muito útil para desenvolvimento de adesivos, cola de papel, componentes de perfumes e sabonetes.
O primeiro corte pode ser realizado a partir de 8 anos após o plantio. Os valores variam de acordo com a região, mas toras em pé com essa idade são comercializadas em média por R$50,00 m³. Toras em pé com idade de 21 anos para frente, com mais de 35 cm de diâmetro podem ser comercializadas em média por R$ 180,00m³.
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