Manifestante foi detida pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul ao bater panela contra motocada do presidente
A hashtag #Panelaço ganhou o topo dos assuntos do momento do Twitter neste sábado (10) após a mobilização de internautas para convocar uma manifestação em solidariedade à mulher que foi presa pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul por bater panela durante a motocada de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em Porto Alegre. O nome da manifestante, já libertada, não foi revelado.
“Uma mulher foi presa hoje por bater panela contra Bolsonaro e sua motociata em Porto Alegre. Vamos ver se eles conseguem prender todo mundo?”, diz a convocatória do panelaço, previsto para as 20h deste sábado. O perfil Jair Me Arrependi foi um dos promotores do ato.
O cantor Johnny Hooker, o ator Armando Babaioff e a professora universitária e militante feminista Lola Aronovich estão entre os que se juntaram à convocação.
Enquanto parlamentares de oposição, como os vereadores Matheus Gomes (PSOL) e Leonel Radde (PT), atuaram pela libertação da manifestantes, o governador Eduardo Leite (PSDB) demonstrou estar de acordo com a prisão.
“Relatos são que a manifestante foi abordada e solicitada por diversas vezes a se afastar do leito da via, de forma a evitar acidente. Apesar das tentativas de afastar a mulher, ela desobedeceu a ordem, desacatou as PMs que a abordaram, tentou chutar motociclista e manteve ameaças”, declarou o governador do Rio Grande do Sul.
Gomes criticou a posição do governador. “O governador Eduardo Leite fez uma nota sobre a prisão arbitrária e o resumo é: a BM acertou. Vejam só, o Ten. Coronel disse que ela foi presa por ‘comportamento desviante’. Ora, não agir como os bolsonaristas é o mínimo de decência! Hoje, Leite auxiliou o presidente que diz combater!”, tuitou o parlamentar do PSOL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário