No Brasil há cerca de 40.000 hectares plantados dessa espécie, com idades que variam entre 0 e 40 anos. Apesar do crescente número, ainda assim não há riscos de inflar o mercado internacional, uma vez que há o fenômeno do apagão florestal. Este fenômeno consiste no déficit na produção de madeira nobre e ao mesmo tempo um aumento no consumo de madeira nos próximos anos. Por isso, o cultivo do mogno africano é um bom investimento se tornando uma alternativa viável.
A madeira produzida por esta planta é usada para diversos fins comerciais, devido à raridade e beleza da madeira de tom avermelhado. Geralmente ela é utilizada para:
- Confecção de móveis;
- Acabamentos de veículos de luxo;
- Sofisticadas peças ornamentais, como adornos e esculturas;
- Construção naval: construção de navios e embarcações (iates, lanchas, canoas e escavadas);
- Marcenaria: caixas, estojos decorativos, compensados, laminados, molduras de janelas, painéis, portas e escadas, construções leves, assoalhos leves;
- Outras finalidades: instrumentos musicais e esportivos, brinquedos, instrumentos de precisão, entalhes, torneados, acessórios de luxo como anéis, óculos e outros.
Quanto ao manejo da floresta, para se obter madeira de qualidade e em diâmetros elevados para serraria, é recomendado analisar a aptidão da área para verificar a viabilidade econômica e florestal do local. Neste estudo é possível identificar se a propriedade atende aos pré-requisitos da espécie e se há recursos suficientes para obter o máximo do potencial produtivo da floresta e consequentemente sua lucratividade.
Após o estudo de aptidão da área e a análise de solo, a terra deve ser corrigida e preparada, para que assim o plantio seja realizado no espaçamento adequado, tendo como base os objetivos estabelecidos no plano de manejo. Ao se adotar o espaçamento de 3 x 2 ou de 3,5 x 1,7 metros, que compõem um total de 1.666 plantas por hectare (ha), por exemplo, o produtor deve desbastar periodicamente, em um intervalo de 4 a 5 anos de idade da floresta. Além disso, os tratos silviculturais devem ser realizados até o corte raso da floresta (entre 17 e 25 anos).
Vantagens do mogno africano
A característica biológica do mogno africano é uma das principais vantagens. O tronco (fuste) mais retilíneo auxilia no maior aproveitamento da conversão da madeira em tora para a serrada, fazendo com que o índice de perda da madeira seja menor. Essa planta ainda apresenta baixa incidência de galhos e ramos, o que diminui a quantidade de nós, ou seja, a madeira produzida é mais homogênea e resistente.
Pelo fato da madeira de mogno africano ser consumida pelo mercado internacional, o preço do metro cúbico é bastante estável, podendo alcançar entre 100 a 600 euros em pé, variando conforme à dimensão, qualidade das toras e distância do comprador, por outro lado, quando serrada pode valer o dobro. Países compradores como Estados Unidos, França e China apresentam moedas mais estáveis como o dólar e euro, trazendo mais segurança ao negócio florestal.
Outra vantagem do mogno africano quando comparada a outras espécies florestais nobres, é a rápida maturação biológica que se dá entre 13 e 15 anos, idade em que o cerne (parte dura da madeira) é formado.
Retorno financeiro do mogno africano
Para se ter uma ideia do retorno financeiro do mogno africano, a taxa interna de retorno (TIR) pode alcançar de 15 a 25% ao ano, considerando todos os custos e receitas geradas pelo negócio florestal. O custo de implantação varia de acordo com as condições de solo, relevo, clima, proximidade dos fornecedores e mercados consumidores e entre outros fatores. Para mais detalhes sobre o custo de plantio e retorno financeiro, baixe nossa planilha modelo de investimento.
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