Vídeo com a pregação repercutiu nas redes sociais
Por REDAÇÃO
Vídeo de Karla Cordeiro repercutiu nas redes sociais.
A Polícia Civil do Rio abriu um inquérito para investigar a fala da pastora Karla Cordeiro, conhecida como Kakau, durante uma pregação em Nova Friburgo que repercutiu nas redes sociais nesta semana. Nas imagens, Kakau, que integra a igreja Sara Nossa Terra, diz que os fiéis devem parar de levantar bandeiras políticas, de pessoas pretas e gays.
"A nossa bandeira é Jeová Nissi, é Jesus Cristo, ele é a nossa bandeira. Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay. Para. Posta a palavra de Deus que transforma vidas", diz a mulher durante a pregação.
Em entrevista ao G1, o delegado Henrique Pessoa, da 151ª DP, disse que há um teor "claramente racista e homofóbico" na fala de Kakau. O crime de intolerância tem pena de 3 a 5 anos de reclusão.
Após a repercurssão do vídeo, Karla Cordeiro se manifestou nas redes sociais e pediu desculpas pelos termos usados durante a pregação.
"Fui infeliz nas palavras escolhidas e quero afirmar que não possuo nenhum tipo de preconceito contra pessoas de outras raças, inclusive meu próprio pastou é negro, e nem contra pessoas com orientações sexuais diferentes da minha, pois sou próxima de várias pessoas que fazem parte do movimento LGBTQIA+", afirmou.
A fala foi feita durante o Congresso Diante do Trono, transmitido pela Rede Super de Televisão, no ano de 2016.
Muita gente acha que isso é normal. Isso não é normal. Deus criou o homem e a mulher e é assim que nós cremos. Qualquer outra opção sexual é uma escolha do livre arbítrio do ser humano. E qualquer escolha leva a consequências. A Bíblia chama de qualquer escolha contrária ao que Deus determinou como ideal, como ele nos criou para ser, chama de pecado. E o pecado tem uma consequência que é a morte. Inclusive, tudo que é distorcido traz consequência naturalmente; nem é Deus trazendo uma praga ou um Juízo, não. Taí a Aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte, contamina as mulheres, enfim… Não é o ideal de Deus.
A investigação do MPF teve início após a fala da pastora viralizar nas redes sociais, em dezembro do ano passado. De acordo com o inquérito, a pastora e a emissora devem ser responsabilizadas.
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Na nota, Karla diz que a intenção era afirmar a necessidade de focar em Jesus Cristo e reproduzir seus ensinamentos. Ela reforçou que os termos que usou não expressam a opinião de seu pastor nem da igreja.
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