segunda-feira, 3 de junho de 2024

Médico acusado de morte de menino de 5 anos por viajar durante o plantão é julgado no interior de SP

 Luciano Barboza Sampaio estava em jogo da Seleção Brasileira e responde por homicídio qualificado, em São Carlos. Audiência estava marcada para 30 de abril, mas foi remarcada faltando uma semana para ser realizada.

Por Ana Marin, Fabiana Assis, g1 São Carlos e Araraquara

Reproduzir vídeo

00:00/07:00

Caso Noah: médico é julgado em São Carlos nesta segunda-feira (3)

O médico Luciano Barboza Sampaio é julgado em júri popular nesta segunda-feira (3), no Fórum de São Carlos (SP). Ele é acusado da morte de Noah Alexandre Palermo, de 5 anos, por ter saído da cidade, onde estava de plantão, para assistir a jogo da seleção de futebol às vésperas da Copa de 2014.

 

A audiência começou às 9h (veja vídeo acima). O julgamento deveria ter sido realizado em 30 de abril, mas foi adiado a pedido da defesa, que alegou que o advogado do réu estava com dengue.

Sampaio, que é cirurgião pediátrico, é acusado de homicídio qualificado. Em 6 de junho de 2014, após realizar uma cirurgia em Noah para a retirada do apêndice, na Santa Casa da cidade, ele teria viajado enquanto deveria estar de plantão à distância.

Segundo o inquérito policial, com a atitude, ele assumiu o risco da morte da criança e deixou de prestar atendimento quando o garoto teve complicações no dia seguinte à operação.

Noah Alexandre Palermo morreu no dia 7 de junho de 2014 na Santa Casa de São Carlos — Foto: Reprodução/EPTV

Noah Alexandre Palermo morreu no dia 7 de junho de 2014 na Santa Casa de São Carlos — Foto: Reprodução/EPTV

LEIA TAMBÉM:

  • Menino de 5 anos morre após cirurgia e pais acreditam em um erro médico

    'Ele via o jogo do Brasil enquanto meu filho morria', afirma pai sobre médico

    A defesa da família conseguiu provas de que o médico estaria assistindo um jogo da seleção de futebol em São Paulo. Uma foto do réu na partida foi anexada ao processo. (veja abaixo).

Quatro homens e três mulheres foram escolhidos para compor o Júri. Nesta segunda-feira, devem ser ouvidas oito testemunhas – cinco de defesa e três de acusação. A primeira a ser ouvida foi o perito do caso.

Médico aparece em foto em estádio de futebol no dia 6 de junho — Foto: Reprodução/Facebook

Médico aparece em foto em estádio de futebol no dia 6 de junho — Foto: Reprodução/Facebook

O advogado de defesa, Eduardo Burihan disse, na entrada do Fórum, que o Conselho de Medicina não estabelece a distância para a plantão remoto.

"A questão é que a Santa Casa não disponibilizou plantonista de plantão, o médico não podia passar o plantão porque não tinha plantonista disponível naquele dia e é isso que vamos provar", afirmou.

1º julgamento

Fórum Criminal de São Carlos — Foto: Ana Marin/g1

Fórum Criminal de São Carlos — Foto: Ana Marin/g1

Em novembro de 2018, o juiz Eduardo Cebrian Araújo Reis, da 2ª Vara Criminal de São Carlos, absolveu o médico das acusações.

A decisão foi questionada pelo Ministério Público, que entrou com o recurso no Tribunal de Justiça e, em 2022, foi determinado que Sampaio fosse a júri popular.

Se for condenado, Sampaio poderá pegar uma pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.

Condenado pelo Cremesp

Luciano Barboza Sampaio foi condenado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e teve a suspensão do exercício profissional por 30 dias.

O médico Luciano Barboza Sampaio é julgado em São Carlos — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O médico Luciano Barboza Sampaio é julgado em São Carlos — Foto: Reprodução/Redes Sociais

De acordo com a decisão do órgão, o médico se precipitou ao fazer a cirurgia de apendicite em Noah, já que o quadro clínico não era compatível com o procedimento.

O Cremesp entendeu ainda que Sampaio errou ao ignorar as ligações das enfermeiras do hospital e também de um médico da Santa Casa.

Pais acreditam na condenação

Para o pai de Noah e ex-secretário municipal de Saúde, Marcos Palermo, o julgamento ocorrer dez anos após a morte de seu filho mostra a vulnerabilidade da Justiça, mas acaba com o sentimento de impunidade.

“São 10 anos que nós lutamos por essa causa, uma verdadeira aberração que aconteceu com o nosso filho, desde que ele pisou no hospital e foi atendido pelo réu que, na verdade operou nosso filho por achismo como o próprio Conselho de Medicina o julgou. Foram várias etapas do processo, muitos recursos, que a lei permite e vencemos em todas as instâncias e foi apontado o júri. Isso não deixa uma página virada, mas pelo menos dá o sentimento da não impunidade”, afirmou.

O pai de Noah e ex-secretário municipal de Saúde de São Carlos, Marcos Palermo — Foto: Reprodução/EPTV

O pai de Noah e ex-secretário municipal de Saúde de São Carlos, Marcos Palermo — Foto: Reprodução/EPTV

Ele confia na punição do médico por acreditar que a sociedade não quer conviver com profissionais que não cumprem suas funções.

“A sociedade não admite que um médico escalado para o plantão deixe o hospital para assistir um jogo de futebol há mais de 200 quilômetros da nossa cidade. Nós acreditamos que ele seja condenado e que a pena seja um exemplo para todos os profissionais que não exercem suas funções e para os médicos que saibam que eles são responsáveis pelos pacientes por cuidar e salvar.”

Noah Alexandre Palermo morreu em junho na Santa Casa de São Carlos — Foto: Reprodução/EPTV

Noah Alexandre Palermo morreu em junho na Santa Casa de São Carlos — Foto: Reprodução/EPTV

A mãe de Noah, Vanessa Palermo, disse que a condenação do médico não irá diminuir sua dor.

"Hoje é mais uma etapa tão esperada, mas no fim eu vou sair daqui no vazio, sem meu filho de novo, mas vai ser feita justiça", disse.

Entenda o caso

Noah Palermo morreu aos 5 anos de idade na madrugada de 7 de junho de 2014, em decorrência de complicações de uma cirurgia para retirar o apêndice realizada um dia antes.

Em 4 de junho, o menino foi internado na Santa Casa com febre e foi atendido pelo cirurgião pediátrico Luciano Barboza Sampaio. Um dia depois, o médico fez uma operação para retirada do apêndice.

No dia seguinte à cirurgia, o menino acordou com acordou com fortes dores abdominais. O médico disse que era normal e receitou remédio para gases.

Santa Casa de São Carlos — Foto: Divulgação

Santa Casa de São Carlos — Foto: Divulgação

Sampaio estava em plantão à distância, uma modalidade que é remunerada e o médico fica fora do hospital, mas deve estar ficar de sobreaviso, à disposição em caso de necessidade. De acordo com os pais da criança, ele foi contatado por telefone, mas não respondeu. Outro pediatra que foi até a Santa Casa que determinou que Noah fosse transferido para o UTI.

O estado de saúde do garoto foi piorando até que ele teve uma parada cardiorrespiratória, morrendo na UTI do hospital em 7 de junho. As investigações mostraram que Sampaio não estava em São Carlos e havia viajado para São Paulo.

O pai da criança postou fotos que mostram o médico torcendo pelo Brasil no amistoso contra a Sérvia, em 6 de junho, dia em que Noah foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Por que ele não veio? Ele via o jogo enquanto meu filho morria. Isso não tem cabimento”, desabafou o pai em abril de 2015.

https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2024/06/03/medico-acusado-de-morte-de-menino-de-5-anos-por-viajar-durante-o-plantao-vai-a-julgamento-no-interior-de-sp.ghtml

                                                                  


Esse caso foi em 2014 quando a justiça quer ela demora mesmo,mas nao e pra qualquer um..

Sampaio, que é cirurgião pediátrico, é acusado de homicídio qualificado. Em 6 de junho de 2014, após realizar uma cirurgia em Noah para a retirada do apêndice, na Santa Casa da cidade, ele teria viajado enquanto deveria estar de plantão à distância.



Obs vamos ver se isso e serio ou vai terminar em ....



Áudios de um médico de Nova Andradina, interior de Mato Grosso do Sul, mostram recusa em atender petistas por votarem em "bandido" ...
YouTube · UOL · 3 de nov. de 2022


Algumas das pacientes do médico Denis Furtado ficaram com sequelas de procedimentos feitos por ele. O médico e a mãe dele, indiciados pela morte da bancária ...
Globoplay · 2 semanas atrás


Lilian Calixto, uma bancária de Cuiabá, morreu no Rio de Janeiro após procedimento estético na casa de Denis Furtado, um médico que se ...
YouTube · Jornal O Globo · 17 de jul. de 2018
SOLTO E EM UNIVERCIDADE PARA CONTINUAR NA PROFISSAO..
Denis Furtado, o Doutor Bumbum, assistindo aula na universidade – Jornal O Dia 12/09/2019 

Denis Furtado está no primeiro período da faculdade de Odontologia.

OBS JA DEVE TER SE FORMADO..


30 de mar. de 2016 — A pediatra enviou uma mensagem de texto à paciente informando que estava "declinando, em caráter irrevogável" de continuar atendendo seu ...


3 de nov. de 2022 — O médico Ygor José Saraiva, diretor clínico do Hospital Regional de Nova Andradina, interior de Mato Grosso do Sul, foi flagrado em áudios ...
Não inclui: quis ‎| Precisa incluir: quis


5 de fev. de 2017 — O estado de saúde da esposa do ex-presidente Lula foi se agravando e, na sexta-feira (3), após 11 dias de internação, o
 hospital declarou a ...


Passou pano NAO E UMA INSTITUIÇAO SERIA ..
                               

            


30 de mar. de 2016 — A médica foi honesta e educada. Disse a mãe que não se via mais em condições de atender o filho dela, estava abalada com os fatos envolvendo .




1 de abr. de 2016 — A Unimed é uma das empresas que financiam as chapas que concorrem à gestão dos Conselhos Regionais de Medicina pelo país. O CRM, por sua vez, é ...





30 de mar. de 2016 — Não tem que se arrepender", diz presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) sobre médica que negou atendimento a bebê de 1 ano ...
Não inclui: crm ‎| Precisa incluir: crm


2 de nov. de 2022 — ... não são regulados pelo CRM e sim ... Sou médica, não sou petista e sempre detestei o Bolsonaro. ... (não deveria nem atender, mas ok). O tanto de ...
90 respostas · Melhor resposta: Amigo, eu sou médico e nao tenho a respos


ta pra justifica


r ess

e c

Nenhum comentário:

Postar um comentário