domingo, 4 de julho de 2021

Investigadora acusada de matar copeira em Curitiba é exonerada do cargo

 Kátia Graças Belo vai a júri popular por homicídio duplamente qualificado contra Rosaira Miranda da Silva. Em fevereiro, Conselho da Polícia Civil havia decidido por demissão.

Por G1 PR

 

Rosaira foi morta na confraternização da empresa em que trabalhava — Foto: Arquivo pessoal


A investigadora Kátia Graças Belo, acusada de ter matada uma copeira Rosaira Miranda da Silva durante uma festa em Curitiba, em 2016, foi exonerada do cargo. A exoneração foi publicada no Diário Oficial no dia 25 de junho.


A copeira foi baleada na cabeça no momento em que participava de uma confraternização do trabalho, nos fundos de um lava a jato. Segundo a denúncia, a policial se irritou com o barulho da festa e atirou no estabelecimento vizinho.




Kátia Belo vai ser expulsa da polícia civil por matar uma copeira - YouTube


O Conselho da Polícia Civil decidiu pela demissão da investigadora, em fevereiro. Oito conselheiros votaram a favor da condenação e da demissão da policial. Após a decisão, caberia ao governador do estado acatar ou não a exoneração.


À época da decisão, a defesa de Kátia disse que o conselho "desconsiderou todos os argumentos e a perícia médica que provam que a investigadora era portadora de um transtorno explosivo intermitente".


A defesa da investigadora não fez nova manifestação sobre a exoneração.


No dia 15 de junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que Kátia vá a júri popular por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.


O júri popular ainda não tem data definida.


Investigação

A copeira Rosaira Miranda da Silva estava em um restaurante no Centro Cívico, onde uma confraternização da empresa em que trabalhava era realizada, em 23 de dezembro, quando foi atingida por um tiro na cabeça.


Imagens de câmeras de segurança mostram a policial civil Kátia das Graças Belo em frente ao local do crime. Ela aparece com o namorado, que apedreja o restaurante onde estava a vítima. Segundo a polícia, isso ocorreu momentos antes do crime.


Em janeiro de 2017, a investigadora afirmou em entrevista à RPC que se tratou de uma fatalidade e que não acreditava que o tiro havia saído da arma dela. Ela disse que atirou para o chão.

Dois meses depois, um laudo da Polícia Científica apontou que um estojo de pistola encontrado na investigação saiu da arma da policial. Esse laudo não indicou se a bala que atingiu a vítima saiu da arma da investigadora.

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