sábado, 10 de julho de 2021

Mulher é presa por bater panela em protesto contra motociata de Bolsonaro

 Usuários do Twitter repercutiram o caso. Detenção foi feita pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul

Momento que mulher é presa em Porto Alegre
(foto: Reprodução/Twitter)
A Brigada Militar do Rio Grande do Sul prendeu, neste sábado (10/7), uma mulher durante a motociata do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ela protestava contra o ato batendo em uma panela.
O caso teve grande repercussão no Twitter. O vereador de Porto Alegre Matheus Gomes (PSOL) escreveu na rede social que conversou com testemunhas para tomar medidas sobre o fato.



"Abuso policial! Uma cidadã de Porto Alegre acabou de ser presa por bater panela, enquanto acontecia a motociata de Bolsonaro! Isso é um absurdo! É repressão ao direito de manifestação! Acabei de conversar com pessoas que presenciaram o fato e estamos vendo como auxiliar", escreveu o vereador.


O caso acontece dois dias depois da condução do cozinheiro Eduardo Lazzari. Ele prestou depoimento à polícia, depois de reclamar que precisaria cozinhar para o presidente em um hotel situado na cidade de Bento Gonçalves (RS).



"Urgente! A polícia prendeu uma pessoa que batia panela contra Bolsonaro agora em Porto Alegre, dois dias depois de prender um cozinheiro", escreveu Manuela d’Ávila (PCdoB), candidata derrotada à vice-presidência do Brasil em 2018.

O governador do Rio Grande do sul, Eduardo Leite (PSDB), em postagem no Twitter, prometeu que o caso será investigado.

Após uma semana marcada por confrontos com a CPI da Covid e com mais denúncias sobre sua gestão na pandemia, Bolsonaro participou da motociata ao lado de apoiadores na manhã deste sábado.


Segundo publicações nas redes sociais, o grupo de manifestantes se concentrava na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) desde cedo. De lá, o grupo partiu depois das 10h para o passeio com o chefe do Executivo.

 

Assim como aconteceu nos atos anteriores, Bolsonaro não usou máscara. O presidente estava acompanhado de Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, e do deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS).

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