terça-feira, 10 de agosto de 2021

Jornal inglês sobre desfile militar: 'República de bananas de Bolsonaro'

 De acordo com o The Guardian, políticos de oposição, tanto da esquerda quanto da direita, 'condenaram o espetáculo'

Artigo publicado no The Guardian sobre a exibição dos armamentos da Marinha, na Esplanada dos Ministérios
(foto: THE GUARDIAN/REPRODUÇÃO)
The Guardian, um dos maiores jornais britânicos, publicou um artigo, nesta terça-feira (10/8), sobre o desfile de tanques de guerra e armamentos da Marinha, em Brasília. Com a intenção de intimidar os parlamentares para aprovar a PEC do Voto Impresso na Câmara, o desfile acabou virando “piada” internacional. “Desfile militar da república das bananas de Bolsonaro”, descreveu o jornal.
De acordo com o artigo, políticos de oposição, da esquerda e da direita, “condenaram o espetáculo" organizado pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem partido). 
 

“Os críticos denunciaram a decisão ao estilo da república das bananas de Jair Bolsonaro de enviar tanques às ruas da capital do Brasil para um raro desfile militar no que foi amplamente visto como uma tentativa desastrada de um presidente sitiado de projetar força”, escreveu o Guardian.

O artigo também cita o presidente da CPI da COVID, senador Omar Aziz (PSD-AM), e os senadores integrantes da comissão Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS), que condenaram a exibição.

Por volta das 8h, tanques e outros veículos blindados da Marinha passaram pela via L4 Norte em direção à Esplanada dos Ministérios para entregar um convite de um exercício militar a Bolsonaro.

O “show”, marcado para o mesmo dia da votação da PEC Voto Impresso, no plenário da Câmara dos Deputados, tinha a intenção de intimidar os parlamentares pela aprovação da proposta. Em contrapartida, o desfile militar acabou virando “piada” nas redes sociais e repercutiu mal internacionalmente. 
Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.

Bolsonaro foi eleito o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos).    

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