Peças compradas legalmente nos EUA eram enviadas escondidas para o Brasil e montadas artesanalmente, com auxílio de uma ‘impressora’ específica.
Por Eduardo Pierre e Mahomed Saigg, g1 Rio
Compra nos EUA
- A célula americana comprava as partes de armas.
- Em solo americano, esse comércio é legal.
Envio ao Brasil
- Para que as peças sejam importadas no Brasil, é necessário passar por todo o trâmite no Exército, como registro e verificação de posse ou porte.
- Para driblar as autoridades, a célula americana escondia as partes em impressoras comuns, por exemplo, e despachava como remessas de eletrônicos e até de remédios.
- Os pacotes eram enviados por avião ou em navios cargueiros.
Chegada ao Brasil
- Antes de chegar às oficinas, como a de Vila Isabel, as remessas passavam por endereços no Amazonas, Santa Catarina e São Paulo.
A linha de montagem
- A célula brasileira conta com Ghost Gunners, máquinas semelhantes a impressoras 3D que, em vez de depositar filamentos plano a plano, cortam, furam e desbastam as partes sólidas importadas dos EUA.
- Arquivos de impressão compartilhados na internet são abertos em computadores conectados a uma Ghost Gunner.
- As Ghost Gunners têm capacidade de produzir peças para qualquer arma — desde um fuzil AK-47 ou um AR-15 até uma pistola.
- As peças já trabalhadas na máquina são soldadas. A arma está pronta.
Para quem quiser comprar
- A força-tarefa da PF e do MPF afirma que a quadrilha vendia essas armas para traficantes, milicianos e matadores de aluguel.
Ronnie Lessa — Foto: Reprodução/TV Globo
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