Governador diz que está preocupado com um possível colapso no sistema de saúde do estado
Entenda a onda roxa:
Manifestantes presos por faixa ‘Bolsonaro genocida’ em
protesto são liberados
Cinco pessoas foram presas sob o argumento de infringirem a
Lei de Segurança Nacional
Publicado 18/03/2021 - 17h00
Entre os detidos, estão os responsáveis pelo canal do YouTube Botando Pilha, entre eles o criador do site, o ativista Rodrigo Pilha
São Paulo – Cinco manifestantes foram presos pela Polícia
Militar do Distrito Federal por abrirem uma faixa com a frase “Bolsonaro
genocida” na Esplanada dos Ministérios, na manhã desta quinta-feira (18). A
faixa continha ainda uma suástica nazista. Segundo a polícia, eles foram
levados por infringir a Lei de Segurança Nacional (LSN). Entre os detidos,
estão os responsáveis pelo canal do YouTube Botando Pilha, inclusive o criador
do site, o ativista Rodrigo Pilha. Erico Grassi, irmão de Rodrigo, disse que os
manifestantes foram levados por policiais militares à Superintendência da PF.
Todos foram liberados posteriormente.
Ao chegarem ao local, tiveram apoio de parlamentares do PT.
“Estamos num Estado de exceção já. Precisamos ficar atentos e alertas, sem
ninguém soltando a mão de ninguém”, lamentou Erico. Os deputados federais
Alencar Santana (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS), Natalia Bonavides (PT-RN) e
Gleisi Hoffmann (PT-PR) acompanharam as prisões e protestaram diante do prédio
da PF com os dizeres “Bolsonaro Genocida”. Natalia Bonavides disse que a
Polícia Federal está usando a LSN “para perseguir e prender opositores e
manifestantes do presidente Jair Bolsonaro”.
Bolsonaro genocida
Alencar Santana (PT-SP), Natalia Bonavides (PT-RN), Gleisi
Hoffmann (PT-PR) e Paulo Pimenta (PT-RS) protestam em frente à PF com cartazes
de “Bolsonaro Genocida” (Reprodução)
LSN usada contra opositores
Horas depois, outros dois militantes foram presos por entrar no prédio também com cartazes de “Bolsonaro Genocida”. “O que está acontecendo é que vocês vão ter de prender todo mundo (que exibir cartazes com “Bolsonaro Genocida”)”, disse Paulo Pimenta, que só não foi detido por ter imunidade parlamentar, embora tenha dito ao agente da PF que abririam mão dela.
“Está virando moda”, disse Gleisi Hoffmann. “Se nós não
pararmos com isso agora, vão ser crescentes atitudes como estas”, disse a
presidenta do PT. Ela mencionou o caso de Felipe Neto, intimado pela Polícia
Civil do Rio a depor, também por “crime” contra a LSN, após queixa de Carlos
Bolsonaro, o filho 02 do presidente. Nesta quinta, a juíza Gisele Guida, da 38ª
Vara Criminal do Rio, suspendeu a investigação.
Redigida durante a ditadura e duas vezes modificada, a LSN
segue em vigor até hoje, e havia sido pontualmente utilizada desde a
redemocratização. No entanto, a partir de 2020, a lei começou a ser evocada com
uma constância que até então não havia sido observada. Declarações que associam
o governo Bolsonaro a um ‘genocídio’ também motivaram reações contra o ministro
do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e o ilustrador Renato Aroeira.
O professor de Direito da Universidade de São Paulo (USP)
Conrado Hubner classificou a ação como “milicartismo”, numa referência ao
regime de repressão a comunistas que vigorou nos Estados Unidos, nos anos 1950,
auge da Guerra Fria. “Militantes do PT são presos por faixa contra Bolsonaro e
enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Está nas mãos de Gilmar Mendes, na
ADPF 799, interromper essa violência diária. Um genocida está presidente”,
disse, citando a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental que
questiona a constitucionalidade da LSN.
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bolsonaro genocida, ditadura militar, jair bolsonaro, lei de
segurança nacional
https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2021/03/manifestantes-presos-faixa-bolsonaro-genocida/
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