28 de março de 2021
O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), desconfiado, pediu neste domingo (28/3) que o pastor Silas Malafaia mostre o exame que deu positivo para Covid-19.
“Seria de bom alvitre e que o Malafaia expusesse publicamente o laudo do exame que revelou sua contaminação pelo COVID”, disse Requião.
Para o emedebista paranaense, se Malafia não mostrar o exame, “pode ficar a impressão de que é mais um show para desviar atenção do tratamento sério.”
Em suas redes sociais, Silas Malafaia está usando a suposta infecção pela covid para fazer propaganda do tratamento precoce com medicamentos ineficazes.
Se oooo pastor bolsonarista não mostrar o laudo positivo vai parecer que ele apenas está fazendo ‘merchandising’ contra a ciência e a favor do negacionismo do presidente Jair Bolsonaro.
Seria de bom alvitre e que o Malafaia expusesse publicamente o laudo do exame que revelou sua contaminação pelo COVID. Senão pode ficar a impressão de que é mais um show para desviar atenção do tratamento sério.
— Roberto Requião (@requiaopmdb) March 28, 2021
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Requião x Malafaia
Há um mês, Malafaia e Requião trocaram sopapos nas redes sociais depois que o ex-senador publicou o seguinte tuíte: “Malafaia reúne 1200 pessoas em Curitiba, enquanto sistema de saúde está no caos. Incompetência de governantes causam horror. Mantenha o isolamento, cuide-se.”
Malafaia negou que tivesse aglomerado em Curitiba e xingou Requião de “falastrão”, “linguarudo” e “perseguidor”.
“Bobalhão e preconceituoso contra religioso”, disse. “Nós vamos dar resposta quando você for candidato a senador e governador”, ameaçou Malafaia.
O ex-senador Roberto Requião então publicou um vídeo chamando o pastor Silas Malafaia de “bandido” e pediu para o religioso ir para o “inferno”.
No entanto, o intenso bate-boca não impediu que Roberto Requião desejasse neste sábado (27/3) pronto restabelecimento ao religioso. O chefe da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que supostamente testou positivo para Covid-19.
Roberto Jefferson: milícias deveriam dar 'um pau' na guarda
municipal de JF
M
Ana Mendonça*
29/03/2021 18:30 - atualizado 29/03/2021 19:02
Na tarde desta segunda-feira, os guardas municipais realizaram um protesto em frente à Câmara de Vereadores(foto: Agência Brasil/Reprodução)
Na tarde desta segunda-feira, os guardas municipais
realizaram um protesto em frente à Câmara de Vereadores
(foto: Agência Brasil/Reprodução)
O ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto
Jefferson, defendeu durante uma transmissão ao vivo realizada no sábado (27/3)
que sejam criadas milícias em Juiz de Fora (MG), para “dar um pau” na guarda
municipal.
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Em nota, a Federação Nacional dos Policiais Federais
(Fenapef) afirmou que a declaração de Jefferson foi "irresponsável”.
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“As forças de segurança do país estão na linha de frente.
Não pararam um dia sequer, mesmo em tempos de pandemia. E não é aceitável que
um ex-representante do povo, que deveria compreender o que estabelece a Lei ao
invés de afrontá-la, se manifeste de maneira vil contra profissionais que estão
fazendo seu trabalho”, declarou.
A Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) também emitiu nota
de repúdio às falas proferidas por Jefferson. "Recebemos com perplexidade
e indignação o estímulo à cultura do ódio, o fomento a práticas típicas de
regimes totalitários e o ataque às instituições locais e ao funcionalismo
público", defendeu a Casa.
Segundo os vereadores, a Guarda Municipal de Juiz de Fora
"sempre atuou com brilhantismo dentro de suas prerrogativas legais"
Leia a nota da Federação Nacional dos Policiais Federais:
“A Federação Nacional
dos Policiais Federais (Fenapef), entidade que representa mais de 14 mil
policiais federais, recebeu com indignação a abjeta e irresponsável declaração
do ex-deputado e ainda presidente do Partido Trabalhista Brasileiro, Roberto
Jefferson. É impensável e inadmissível que uma pessoa que foi representante do
povo incite a violência e defenda ações criminosas. Foi o que ele fez no último
domingo (28) em live que circula nas redes sociais, quando defendeu a criação
de milícias para agredir fisicamente os guardas municipais que cumprem seu
dever ao reprimir a abertura de comércio em cidades que estão sob lockdown por
determinação do Poder Executivo local.
As forças de segurança do País estão na linha de frente. Não
pararam um dia sequer, mesmo em tempos de pandemia. E não é aceitável que um
ex-representante do povo, que deveria compreender o que estabelece a Lei ao
invés de afrontá-la, se manifeste de maneira vil contra profissionais que estão
fazendo seu trabalho.
Ignorar a gravidade da tragédia que se abateu sobre o mundo
e já causou a morte de mais de trezentos mil brasileiros é indigno de alguém
que, um dia, foi eleito pelo povo para representá-lo. Provocar a ira das
pessoas contra os guardas municipais significa agredir todos os policiais e,
mais que isso, todos os profissionais que estão na linha de frente do combate à
pandemia.
A Fenapef se solidariza com os colegas agredidos e pede à
sociedade que fique atenta a quem está, de fato, trabalhando por ela. Aos
políticos, pedimos, apenas, respeito.”
Leia a nota da Câmara Muncipal de Juiz de Fora
NOTA - Repúdio às falas proferidas em live do vereador desta
Casa Legislativa, Sargento Mello Casal (PTB).
Câmara Municipal de Juiz de Fora
O momento que vivemos não é simples e nem de fácil solução.
Assim fosse, não estaríamos em lockdown ou aguardando recursos para a saúde de
toda a humanidade ao longo de um penoso ano. Tudo o que não é necessário, neste
momento, é a interferência negativa alheia à realidade, na busca por saídas e
melhorias na saúde para a população.
Posto isso, a Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) torna
público seu repúdio às falas proferidas pelo presidente nacional do Partido
Trabalhista Brasileiro – PTB, Sr. Roberto Jefferson, em live realizada
conjuntamente com o vereador desta Casa Legislativa, Sargento Mello Casal
(PTB), na última sexta-feira, 26.
As soluções, ao contrário do que prega parcela da sociedade,
surgem pelo setor público; hoje trabalhando em nossa cidade por meio de uma
conjunção imprescindível entre Legislativo, Executivo e setores acadêmicos, tão
bem representados pela indubitável Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF),
por iniciativas científicas.
Cabe ainda reafirmar o posicionamento institucional desta
Casa Legislativa em defesa dos servidores públicos. Tanto os que atuam na linha
de frente - exercendo suas atividades presencialmente em razão da
imprescindibilidade destas - quanto aqueles que atualmente laboram remotamente
merecem respeito.
Contemporaneamente temos presenciado tentativas de
vilanização do funcionalismo público, razão pela qual não podemos nos furtar de
manifestarmo-nos na salvaguarda desta categoria que, atuando no atendimento das
demandas populacionais, se caracteriza como o alicerce da construção de uma
sociedade.
Recebemos com perplexidade e indignação o estímulo à cultura
do ódio, o fomento a práticas típicas de regimes totalitários e o ataque às
instituições locais e ao funcionalismo público.
Ressaltamos o sério trabalho realizado pela Guarda Municipal
de Juiz de Fora (GMJF), que sempre atuou com brilhantismo dentro de suas
prerrogativas legais. Agora, durante o delicado período pandêmico, a GMJF
permanece desenvolvendo uma importante função, ao lado dos Fiscais de Posturas,
na linha de frente de ações de fiscalização do cumprimento das normas que visam
a garantir a saúde de cidadãs e cidadãos. Ações essas fruto direto dos esforços
não só do Executivo, mas também de cada cidadã e cidadão que se propõe a
levantar a cada dia e seguir a jornada de batalhar pelo bem-estar coletivo
neste momento de pandemia.
Por fim, registramos nossa veemente repulsa à maneira
desrespeitosa utilizada para se referir à Chefe do Poder Executivo de Juiz de
Fora, Prefeita Margarida Salomão. A Câmara Municipal de Juiz de Fora preza e
luta pelo permanente respeito com o qual esta Casa Legislativa deve agir quanto
ao Poder Executivo.
Nossa missão deve ser a atuação norteada pelo dever da
fiscalização dos atos e o estabelecimento de uma relação independente e
harmônica, primando pelo atendimento do amplo interesse público.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen
Cristie.
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