quarta-feira, 7 de abril de 2021

Zema fala nesta quinta-feira sobre a situação da pandemia em Minas

Zema fala nesta quinta-feira sobre a situação da pandemia em Minas

Um dia depois de MG registrar o maior número de mortes em 24 horas (508), governador e o secretário Fábio Baccharetti falarão sobre ações de combate à COVID-19

 Roger Dias

07/04/2021 20:36 - atualizado 07/04/2021 22:01

Governador Romeu Zema determinou a suspensão do toque de recolher no estado

(foto: Pedro Gontijo/Imprensa MG)

 

Com Minas Gerais vivendo seu pior momento desde o início da pandemia de COVID-19, o governador Romeu Zema (Novo) e o secretário de estado de Saúde, Fábio Baccharetti, darão um panorama da situação da doença nos últimos dias. Eles falarão com os jornalistas nesta quinta-feira (7/4), às 8h30, na Cidade Administrativa.

 

 Um dos pontos a serem discutidos pode ser o prolongamento da onda roxa às macrorregiões que não avançaram na oferta por leitos, casos e mortes por COVID-19. 


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Indicadores caem, mas uso dos leitos de UTI continua além dos 90% em BH

Além da alta demanda por internações em várias regiões do estado, Minas entrou na fase mais crítica da pandemia ao registrar a marca de 508 mortes pelo novo coronavírus em 24 horas, um recorde, o que eleva o total para mais de 26,3 mil óbitos desde março do ano passado.

 

O recorde de mortes por COVID-19 no estado havia sido registrado na sexta-feira (2/7), quando foram contabilizadas 486 vidas perdidas. Com exceção de segunda-feira e terça-feira (5/4 e 6/4), Minas somou número superior a 300 mortes em 24 horas nos últimos dias.

 

O estado teve, na primeira semana de abril, um aumento de 324% no número de óbitos pelo novo coronavírus em relação ao mesmo período em janeiro.

 

Em relação a março – quando a SES-MG já havia alertado sobre o pior período da pandemia –, a elevação foi de 100%.

 

Mesmo com medidas duras de isolamento, o número de casos em um único dia foi extremamente alto (13.358), totalizando 1.061.397 infectados.

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Minas Gerais está atrás apenas de São Paulo como o estado de maior número de contaminados pela doença.

 

A alta procura por UTIs em todo o estado é uma preocupação a mais para as autoridades. Atualmente, 3.950 pacientes estão internados, correspondendo a 86,15% das vagas preenchidas.

 

Ainda há 650 pessoas à espera de leitos para internações.

 

Em relação às enfermarias, a ocupação é inferior, mas em nível preocupante: 75,88%, correspondendo a 15.195 pessoas utilizando o serviço de saúde.

 

Ainda há 883 infectados à espera de vagas.

 

Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

 

Sem toque de recolher

 

Depois de ação movida pelo deputado federal Bruno Engler (PRTB), o governo de Minas também determinou a suspensão do toque de recolher em todo o estado e liberou a visitação aos familiares.

 

  

A decisão foi tomada pelo Comitê Extraordinárioo COVID-19 em reunião nesta quarta-feira (7/4).

 

O toque de recolher já estava suspenso desde a segunda-feira (5/4), quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) convocou uma reunião com o governo do estado para discutir o fim da medida.

 

Onda vermelha

O Estado também decidiu que a macrorregião de Saúde Triângulo do Sul e as microrregiões de São Gotardo, Montes Claros/Bocaiúva e Taiobeiras deixarão a onda roxa do programa Minas Consciente e avançarão para a onda vermelha a partir de segunda-feira (12/4).

 

Elas apresentaram evolução nos números e poderão reabrir as atividades, desde que as estatísticas não piorem até sexta-feira (9/4).

 

A macrorregião do Triângulo do Norte e a microrregião de Patos de Minas foram as primeiras a serem inseridas na onda vermelha. Desde a quarta-feira passada (31/3), as cidades estão com os serviços autorizados a funcionar.

  

O que é um lockdown?

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Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.

  

 

Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  

CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

 

Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

 

Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

 

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

 

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

 

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

  

 

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

 

Febre

Tosse

Falta de ar e dificuldade para respirar

Problemas gástricos

Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

Pneumonia

Síndrome respiratória aguda severa

Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

  

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: 


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https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2021/04/07/interna_gerais,1254777/zema-fala-nesta-quinta-feira-sobre-a-situacao-da-pandemia-em-minas.shtml


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Aos ricos e brancos a vacina, aos pobres e negros a morte: o deboche de Lira 

 "O Brasil só superará a pandemia quando houver vacinação em massa, vacina para todos e não para o pequeno grupo de ricos desse país"

Por 

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara

Arthur Lira , Presidente da Câmara dos Deputados , apresentou a mais indecente e imoral das propostas em relação à pandemia e direito à saúde. Após reunião com empresários, Lira passou a defender a possibilidade de empresas comprarem vacinas sem que atenda aos requisitos da Lei 14.125/21 – a qual estabelece a possibilidade de compra privada desde que haja uma doação de metade do adquirido para o Sistema Único de Saúde ( SUS ).

O Presidente da Câmara não só pretende retirar a obrigatoriedade de doação das vacinas para o SUS, como também pretende que nós, sociedade, financiemos as vacinas que serão adquiridas pelos empresários para uso próprio, uma vez que pretende isenção de impostos às empresas que comprarem a vacina.

Em defesa da sua absurda proposta, Arthur Lira disse “na guerra, vale tudo para salvar vidas”. O que não explicitou é que descaradamente as vidas que quer salvar são apenas daqueles amigos que podem financiar sua campanha eleitoral, deixando o resto da população ao Deus dará, e fazendo com que nós paguemos a conta dos privilégios dos seus amiguinhos.

O que Arthur Lira e esses empresários de pouco espírito humanitário não compreendem é que a vacinação exclusiva deles, de seus amigos e familiares não contribuem em nada para o Brasil voltar à um cenário de mínima normalidade (algo que demorará muito para alcançarmos considerando o nível do colapso social, sanitário e econômico que estamos vivendo).

Brasil só superará a pandemia quando houver vacinação em massa, vacina para todos e não para o pequeno grupo de ricos desse país.

Hoje nem 10% da população brasileira recebeu a primeira dose da vacinação contra Covid-19.   Os dados sobre os vacinados refletem a desigualdade social e racismo estrutural de nossa sociedade. Pessoas brancas receberam o dobro de vacinas que pessoas negras, mesmo sendo negros e negras mais propensos a morrer por COVID-19, em razão de uma histórica privação de acesso à saúde e serem a linha de frente dos serviços essenciais.

Segundo as projeções, essa semana o Brasil deve bater o triste número de 4 mil mortes diárias em decorrência da COVID-19, estamos à poucos meses de perder meio milhão de vidas para uma doença que poderia ter sido contida se o Presidente Jair Bolsonaro e o Congresso Nacional unissem esforços para enfrentá-la, com algumas medidas básicas:

Adoção dos protocolos de segurança e proteção estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde ( OMS ), não instar a população a desobedecer às regras, medidas de fechamento total em compasso com o aumento de casos, políticas de incentivo fiscal à pequenos negócios, auxílio emergencial digno para pessoas desempregadas e na informalidade, manutenção de um ministério da saúde continuadamente funcionante e compra da vacina no tempo certo (o que não foi realizado até março desse ano, meses depois da maioria dos países).

O Presidente da Câmara dos Deputados e Presidente do Senado poderiam ter pressionado Jair Bolsonaro a adquirir as vacinas no tempo adequado, não o fizeram.

Poderiam também ter aberto uma CPI para investigar os crimes e má gestão cometidos pelo Bolsonaro na pandemia, também não o fizeram. Aliás, está na mão do Arthur Lira a análise de mais de 65 pedidos de impeachment que apontam com clareza os crimes de responsabilidade cometidos pelo Bolsonaro.

As mortes pela pandemia também correm na responsabilidade do Congresso Nacional, em especial nos ombros de Arthur Lira , que não só ratifica a política de morte bolsonarista como protagoniza hoje a mais alarmante das propostas feitas durante esse período pandêmico.

(Siga nas redes sociais: @she_carvalho)

Aos ricos e brancos a vacina, aos pobres e negros a morte: o deboche de Lira | Coluna da Sheila de Carvalho | iG

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