Dias antes de morrer, ela chegou a fazer publicações nas redes sociais comemorando a infecção
A artista cantava na banda tcheca de música folclórica Asonance. A morte da cantora foi divulgada pela família na última segunda-feira (17). O filho da cantora, Jan Rek, disse em entrevista à rádio Rozhlas, que ele e o pai contraíram a COVID-19 no fim de 2021.
A mãe dele testou negativo na época, mas decidiu expor-se ao vírus com o objetivo de conseguir se contaminar e, depois de curada, obter o certificado de imunidade usado no país que lhe permitiria frequentar alguns estabelecimentos sem ter de se vacinar.
Ainda de acordo com o filho, a mãe dele morreu em casa, com falta de ar. Dias antes, ela chegou a fazer publicações nas redes sociais comemorando a infecção. "Estou muito feliz porque, desta forma, poderei ter uma 'vida livre' como os outros, ir ao cinema, tirar férias, ir à sauna, ao teatro", escreveu.
EUA ignoram pedido do Brasil e uso de algemas em deportados
vira beco sem saída – 02/07/2022 – Mundo
EUA ignoram pedido do Brasil e uso de algemas em deportados
vira beco sem saída – 02/07/2022 – Mundo
Leave a Comment / voos / By hassen
O uso de algemas em cidadãos brasileiros deportados dos
Estados Unidos criou um beco sem saída entre o governo de Jair Bolsonaro (PL) e
o do americano Joe Biden. Desde o final do ano passado, o Itamaraty vem fazendo
apelos para acabar com a prática e melhorar o tratamento
dado às pessoas que retornam ao Brasil, mas isso tem sido
ignorado.
Segundo depoimento obtido pelo Folha, homens e mulheres
foram algemados na frente de seus filhos em um voo que chegou ao Brasil em 26
de janeiro. Alguns passageiros relataram à reportagem que foram maltratados, e
as autoridades envolvidas no processo confirmaram que receberam relatos
semelhantes.
Embora o pedido de abolição do uso de algemas se aplique a
todos os deportados, segundo pessoas envolvidas nessas operações, entendeu-se
que os familiares, em especial, não passariam por essa situação.
Por meio de nota, o Itamaraty disse que a situação é vista
com “grande preocupação”. De acordo com os autos, o ministro Carlos França
conversou por telefone com o secretário de Estado norte-americano, Antony
Blinken, no dia 30 de janeiro para discutir o assunto.
Questionado sobre a reportagem sobre o uso de algemas em voo com crianças e adolescentes, o órgão disse que tomou conhecimento do fato. “O secretário Blinken respondeu que os protocolos de segurança de voo não são de responsabilidade do Departamento de Estado, mas deu atenção ao pedido brasileiro. Informou ainda que serão envidados esforços para que, em futuros voos de deportação, constituídos apenas por grupos familiares, não haja o uso de algemas”, refere a pasta.lá fora
Receba em seu e-mail uma seleção semanal dos eventos mais
importantes do mundo; aberto a não assinantes.
Em setembro, como mostra o Folha, o governo brasileiro havia
pedido o fim do uso de algemas para os EUA como parte da negociação para
aumentar a frequência desses voos para o Brasil, dado o maior volume de detidos
na fronteira dos EUA com o México.
Esses brasileiros são mandados de volta após tentativas de
entrar ilegalmente nos EUA. Por si só, esse tipo de migração não é considerado
crime pela lei brasileira, mas promovê-lo com fins lucrativos é, desde 2017. A
parte que o Brasil insiste que a maioria dos cidadãos retornados não tenham
antecedentes criminais e não representem uma ameaça à segurança da aeronave.
A questão tornou-se um beco sem saída porque as autoridades
norte-americanas disseram às brasileiras que entendem a preocupação, mas não
encontraram uma maneira de resolver o problema. Segundo informações prestadas
ao Itamaraty, o uso de algemas é uma prática americana em voos desse tipo para
outros países e, portanto, seria difícil abrir uma exceção. Alternativas estão
sendo estudadas.
Deportado em 26 de janeiro, o vigilante do Everton Júnior
Liberato, de 36 anos, estava acompanhado da esposa e do filho de 7 anos em um
voo com 211 brasileiros vindos dos Estados Unidos, sendo 90 deles menores de
idade, incluindo crianças de até 10 anos.
Ele conta que viajou no dia 5 de janeiro com a esperança de
melhorar de vida, e que se separou da família assim que entrou em solo
norte-americano, permanecendo pelo menos dez dias sem saber da esposa e do
filho. No reencontro, ele contou ter passado pela vergonha de ter sido algemado
na frente da criança.
“Eles amarraram uma corrente na minha perna, cintura, mãos.
Meu filho me perguntou o que estavam fazendo comigo, chorou muito quando me viu
algemado. [autoridades americanas] o que eles estavam fazendo e apenas riram”,
diz Folha.
Segundo Liberato, além das condições a que ele próprio foi
submetido, descritas pelo guarda como humilhantes, seu filho ainda se sentia
mal e não recebia assistência. Ele conta que todos os pais que estavam em seu
voo foram algemados, exceto quando a criança estava viajando com apenas um dos
pais, também houve casos de mães algemadas.
“Eles amarraram uma corrente na minha perna, cintura, mãos.
Meu filho me perguntou o que estavam fazendo comigo, chorou muito quando me viu
algemado. [autoridades americanas] o que eles estavam fazendo e eles apenas
riram
A graduada em direito Geisiane Vieira, 33, contou que o
marido passou pela mesma situação com o filho mais novo. “Não há a menor
dignidade. Faltam remédios para adultos e crianças, eles não nos ouvem, há maus
tratos”, diz. Geisiane havia chegado aos Estados Unidos no dia 16 de janeiro
com o marido e os filhos, de 12 e 15 anos.
Histórias de abuso são recorrentes entre migrantes detidos
em centros de detenção depois de não conseguirem cruzar a fronteira com o
México. A má alimentação e a falta de medicamentos e itens de higiene são
queixas comuns.
A intenção das famílias era tentar entrar ilegalmente nos
Estados Unidos pelo sistema conhecido como “cai cai”. Como as crianças não
podem permanecer sozinhas durante os procedimentos de repatriação para o Brasil
ou aceitação pelo governo norte-americano, por meio desse método os adultos
entram nos Estados Unidos acompanhados de um familiar menor e se entregam às
autoridades, o que lhes permite responder ao processo em liberdade.
O número de crianças e adolescentes devolvidos ao país no
voo de 26 de janeiro é inédito nesse tipo de operação. O avião com os 211
brasileiros saiu do estado do Arizona e chegou ao Aeroporto Internacional
Tancredo Neves, em Confins (MG), por volta das 13h30.
Entre eles estava o autônomo Ezequiel Santos da Silva, 27
anos, depois de ter ido tentar a sorte nos Estados Unidos com a esposa e filhos
de 2 e 5 anos. A intenção era trabalhar para economizar e comprar uma casa no
Brasil. Ele conta que viveu dias difíceis separado de sua família e foi mais do
que algemado na volta ao Brasil.
O delegado da Polícia Federal, Daniel Fantini, disse que a
corporação analisa os depoimentos coletados. A corporação está interessada em
identificar quadrilhas que promovem essa travessia irregular, investigando
também as circunstâncias em que as crianças deixaram o território brasileiro e
as condições a que foram submetidas no processo de entrada nos Estados Unidos.
A PF investiga se há pessoas nesse grupo que se passam por
pais de menores, com documentos falsos, para tentar entrar nos Estados Unidos
pelo “cai cai”. “Há indícios de casamentos fictícios e uniões estáveis”,
enfatiza Fantini.
Como a Folha Em uma série de relatórios em dezembro,
contrabandistas que trabalham para promover a migração irregular do México para
os EUA lucraram com o aluguel de crianças brasileiras.
Além de policiais federais, representantes da Vara da
Infância e Juventude de Belo Horizonte e Pedro Leopoldo, município da região
metropolitana da capital mineira, acompanharam o desembarque.
Nenhum comentário:
Postar um comentário