segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Cantora morre de COVID-19 após se infectar de propósito

 Dias antes de morrer, ela chegou a fazer publicações nas redes sociais comemorando a infecção


Hana Horka, do grupo Asonance, morreu no último domingo, aos 57 anos

(foto: Reprodução / Redes Sociais)
Uma cantora tcheca, de 57 anos, que se infectou propositalmente com a COVID-19 para ter "passe livre" sem vacina morreu de complicações causadas pela doença no último domingo (16/1). De acordo com o jornal "O Globo", ela morreu em casa, com falta de ar. Hana Horka se deixou contaminar após o filho e o marido testarem positivo para o coronavírus.

A artista cantava na banda tcheca de música folclórica Asonance. A morte da cantora foi divulgada pela família na última segunda-feira (17). O filho da cantora, Jan Rek, disse em entrevista à rádio Rozhlas, que ele e o pai contraíram a COVID-19 no fim de 2021.

 

A mãe dele testou negativo na época, mas decidiu expor-se ao vírus com o objetivo de conseguir se contaminar e, depois de curada, obter o certificado de imunidade usado no país que lhe permitiria frequentar alguns estabelecimentos sem ter de se vacinar.

 

Ainda de acordo com o filho, a mãe dele morreu em casa, com falta de ar. Dias antes, ela chegou a fazer publicações nas redes sociais comemorando a infecção. "Estou muito feliz porque, desta forma, poderei ter uma 'vida livre' como os outros, ir ao cinema, tirar férias, ir à sauna, ao teatro", escreveu.

https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2022/01/18/interna_internacional,1338605/cantora-morre-de-covid-19-apos-se-infectar-de-proposito.shtml

                                                           


EUA ignoram pedido do Brasil e uso de algemas em deportados vira beco sem saída – 02/07/2022 – Mundo

EUA ignoram pedido do Brasil e uso de algemas em deportados vira beco sem saída – 02/07/2022 – Mundo

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O uso de algemas em cidadãos brasileiros deportados dos Estados Unidos criou um beco sem saída entre o governo de Jair Bolsonaro (PL) e o do americano Joe Biden. Desde o final do ano passado, o Itamaraty vem fazendo apelos para acabar com a prática e melhorar o tratamento

dado às pessoas que retornam ao Brasil, mas isso tem sido ignorado.

 Há alguns meses, menores também foram deportados.

 

Segundo depoimento obtido pelo Folha, homens e mulheres foram algemados na frente de seus filhos em um voo que chegou ao Brasil em 26 de janeiro. Alguns passageiros relataram à reportagem que foram maltratados, e as autoridades envolvidas no processo confirmaram que receberam relatos semelhantes.

 

Embora o pedido de abolição do uso de algemas se aplique a todos os deportados, segundo pessoas envolvidas nessas operações, entendeu-se que os familiares, em especial, não passariam por essa situação.

 

Por meio de nota, o Itamaraty disse que a situação é vista com “grande preocupação”. De acordo com os autos, o ministro Carlos França conversou por telefone com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, no dia 30 de janeiro para discutir o assunto.

 

Questionado sobre a reportagem sobre o uso de algemas em voo com crianças e adolescentes, o órgão disse que tomou conhecimento do fato. “O secretário Blinken respondeu que os protocolos de segurança de voo não são de responsabilidade do Departamento de Estado, mas deu atenção ao pedido brasileiro. Informou ainda que serão envidados esforços para que, em futuros voos de deportação, constituídos apenas por grupos familiares, não haja o uso de algemas”, refere a pasta.lá fora

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Em setembro, como mostra o Folha, o governo brasileiro havia pedido o fim do uso de algemas para os EUA como parte da negociação para aumentar a frequência desses voos para o Brasil, dado o maior volume de detidos na fronteira dos EUA com o México.

 

Esses brasileiros são mandados de volta após tentativas de entrar ilegalmente nos EUA. Por si só, esse tipo de migração não é considerado crime pela lei brasileira, mas promovê-lo com fins lucrativos é, desde 2017. A parte que o Brasil insiste que a maioria dos cidadãos retornados não tenham antecedentes criminais e não representem uma ameaça à segurança da aeronave.

 

A questão tornou-se um beco sem saída porque as autoridades norte-americanas disseram às brasileiras que entendem a preocupação, mas não encontraram uma maneira de resolver o problema. Segundo informações prestadas ao Itamaraty, o uso de algemas é uma prática americana em voos desse tipo para outros países e, portanto, seria difícil abrir uma exceção. Alternativas estão sendo estudadas.

 

Deportado em 26 de janeiro, o vigilante do Everton Júnior Liberato, de 36 anos, estava acompanhado da esposa e do filho de 7 anos em um voo com 211 brasileiros vindos dos Estados Unidos, sendo 90 deles menores de idade, incluindo crianças de até 10 anos.

 

Ele conta que viajou no dia 5 de janeiro com a esperança de melhorar de vida, e que se separou da família assim que entrou em solo norte-americano, permanecendo pelo menos dez dias sem saber da esposa e do filho. No reencontro, ele contou ter passado pela vergonha de ter sido algemado na frente da criança.

 

“Eles amarraram uma corrente na minha perna, cintura, mãos. Meu filho me perguntou o que estavam fazendo comigo, chorou muito quando me viu algemado. [autoridades americanas] o que eles estavam fazendo e apenas riram”, diz Folha.

 

Segundo Liberato, além das condições a que ele próprio foi submetido, descritas pelo guarda como humilhantes, seu filho ainda se sentia mal e não recebia assistência. Ele conta que todos os pais que estavam em seu voo foram algemados, exceto quando a criança estava viajando com apenas um dos pais, também houve casos de mães algemadas.

 

“Eles amarraram uma corrente na minha perna, cintura, mãos. Meu filho me perguntou o que estavam fazendo comigo, chorou muito quando me viu algemado. [autoridades americanas] o que eles estavam fazendo e eles apenas riram

 

A graduada em direito Geisiane Vieira, 33, contou que o marido passou pela mesma situação com o filho mais novo. “Não há a menor dignidade. Faltam remédios para adultos e crianças, eles não nos ouvem, há maus tratos”, diz. Geisiane havia chegado aos Estados Unidos no dia 16 de janeiro com o marido e os filhos, de 12 e 15 anos.

 

Histórias de abuso são recorrentes entre migrantes detidos em centros de detenção depois de não conseguirem cruzar a fronteira com o México. A má alimentação e a falta de medicamentos e itens de higiene são queixas comuns.

 

A intenção das famílias era tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos pelo sistema conhecido como “cai cai”. Como as crianças não podem permanecer sozinhas durante os procedimentos de repatriação para o Brasil ou aceitação pelo governo norte-americano, por meio desse método os adultos entram nos Estados Unidos acompanhados de um familiar menor e se entregam às autoridades, o que lhes permite responder ao processo em liberdade.

 Contrabandistas e “coiotes” viram nessa regra uma oportunidade de negócio.

 Quando contatada, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil não respondeu até a publicação deste texto.

 

O número de crianças e adolescentes devolvidos ao país no voo de 26 de janeiro é inédito nesse tipo de operação. O avião com os 211 brasileiros saiu do estado do Arizona e chegou ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (MG), por volta das 13h30.

 

Entre eles estava o autônomo Ezequiel Santos da Silva, 27 anos, depois de ter ido tentar a sorte nos Estados Unidos com a esposa e filhos de 2 e 5 anos. A intenção era trabalhar para economizar e comprar uma casa no Brasil. Ele conta que viveu dias difíceis separado de sua família e foi mais do que algemado na volta ao Brasil.

 “Me algemaram na frente das crianças, minha menina ficou desesperada, chorou. Pareceu-me muito mal, sou um homem de família, não sou um criminoso. Mas eles continuam dizendo que entramos no país ilegalmente.”

 

O delegado da Polícia Federal, Daniel Fantini, disse que a corporação analisa os depoimentos coletados. A corporação está interessada em identificar quadrilhas que promovem essa travessia irregular, investigando também as circunstâncias em que as crianças deixaram o território brasileiro e as condições a que foram submetidas no processo de entrada nos Estados Unidos.

 

A PF investiga se há pessoas nesse grupo que se passam por pais de menores, com documentos falsos, para tentar entrar nos Estados Unidos pelo “cai cai”. “Há indícios de casamentos fictícios e uniões estáveis”, enfatiza Fantini.

 

Como a Folha Em uma série de relatórios em dezembro, contrabandistas que trabalham para promover a migração irregular do México para os EUA lucraram com o aluguel de crianças brasileiras.

 

Além de policiais federais, representantes da Vara da Infância e Juventude de Belo Horizonte e Pedro Leopoldo, município da região metropolitana da capital mineira, acompanharam o desembarque.

https://jpgoullet.com/2022/02/07/eua-ignoram-pedido-do-brasil-e-uso-de-algemas-em-deportados-vira-beco-sem-saida-02-07-2022-mundo/

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