sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Preso suspeito de morte de policial federal aposentado em Minas

 Edmar Xavier da Silva, de 36 anos, é apontado como suspeito de envolvimento no assassinato do policial aposentado Moacyr Ferreira da Silva

DD
Darcianne Diogo

Edmar Xavier, suspeito do crime em Buritis, foi preso na tarde desta terça-feira
(foto: Redes sociais/Divulgação )

O delegado informou que as investigações ainda estão em andamento. Mas que foi identificado um segundo suspeito de envolvimento no crime, um homem contratado pelo policial federal aposentado na sexta-feira (5/2) para consertar uma  cerca na propriedade rural onde  aconteceu o homicídio.

O segundo suspeito teria fugido em uma Hilux do policial aposentado em direção a Brazlândia, cidade-satélite do Distrito Federal, onde o carro foi incendiado e encontrado em chamas na manhã desta terça-feira. Ele está foragido e sendo procurado pela polícia.Ainda de acordo com Edvan Nogueira, o caseiro foi preso pela Polícia Militar mineira próximo à comunidade de JK, na zona rural de Formosa (GO). A prisão ocorreu após intensas buscas na região, que envolveram também a Policia Civil de Minas e policiais civis e militares de Goiás. Com Edmar, foram apreendidos  uma arma e um caderno de anotações. 

O delegado disse ainda que não tem conhecimento se Edmar fez alguma confissão ou revelou outros detalhes do crime. O suspeito será conduzido para a delegacia de Unaí para prestar depoimento. 

O corpo do policial federal aposentado foi encontrado dentro de uma grota na Fazenda Veredas do Buriti, situada a 55 quilômetros da sede urbana de  Buritis. A propriedade também fica distante 40 quilômetros da divisa de Minas e Goiás, proxima do distrito de Bezerra, município de Formosa (GO). 

De acordo com informação da Polícia Civil de Buritis, na quinta-feira (4/02), Moacyr Ferreira da Silva procurou a Polícia Militar da cidade e registrou um boletim de ocorrência, informando que foi vítima de ameaça por parte de Edmar Xavier, que era seu empregado. Conforme o boletim, o policial federal alegou que, na véspera, dispensou Edmar e pediu que ele assinasse o aviso prévio, dando um prazo para que o homem deixasse sua propriedade, o que não foi aceito pelo trabalhador rural.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, além de dizer que não assinaria o aviso prévio, Edmar declarou que “iria acertar as contas” com ele, o que teria sido entendido pelo policial federal da reserva como ameaça. 

Conforme a PM de Buritis, a mulher de Moacyr declarou que na manhã de segunda-feira, Moacyr saiu da sede da fazenda e se deslocou até um ponto da propriedade, para fazer uma cerca, em companhia de um homem. A mulher relatou ainda que o marido foi visto pela última vez por volta das 11h de segunda-feira, quando foi até sua residência para buscar o almoço, dirigindo sua caminhonete Hilux. Depois, não mais retornou. 

O corpo do policial federal foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal de Unaí. 

O delegado disse que as investigações vão prosseguir no sentido de saber qual a verdadeira motivação do crime e identificar e prender o segundo suspeito, que fugiu com a Hilux da vítima até Brazlândia. A polícia investiga se houve outros envolvidos no assassinato. “Por enquanto, temos apenas informações preliminares.”

Ele declarou ainda que poderá pedir o apoio das polícias civis do DF e de Goiás para avançar nas investigações, pois o veículo foi incendiado em Brazlândia, em um ponto muito próximo do município de Águas Lindas de Goiás (GO).

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