O Brasil se tornou o principal centro global de novas mortes por covid-19
Por Álvaro Fagundes, Valor — São Paulo
O Brasil se tornou o principal centro global de novas mortes por covid-19, e o brasileiro é o segundo turista que mais enfrenta barreiras em aeroportos no exterior, só atrás do sul-africano.
O brasileiro enfrenta barreiras consideradas duras em 116 países ou territórios, segundo levantamento feito com base em dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e da Skyscanner, (empresa de compra on-line de passagens aéreas).
À frente do Brasil está a África do Sul (com 119 localidades impondo restrições severas) e imediatamente na sequência está o Reino Unido, com 114. Não por acaso nesses três países foram identificadas mutações de alto risco do novo coronavírus.
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Ainda que o número pareça muito alto, é preciso lembrar que, na média, cada um dos 233 locais analisados enfrenta barreiras duras em 100 países ou territórios. Isso porque muitos países simplesmente fecharam os seus aeroportos, ou só permitem o ingresso de nacionais ou fazem exigências como quarentena.
O fato de o Brasil estar acima da média é que alguns países incluíram os brasileiros em uma lista mais restrita. Na Colômbia, por exemplo, os voos de Brasil e Reino Unido estão suspenso. Nos EUA e no Peru, passageiros que estiveram ou transitaram pelo Brasil nos últimos 14 dias estão proibidos de entrar no país.
As restrições ao brasileiro são reflexo não só do surgimento de uma variante da doença no país mas também porque o país se aproxima das 2 mil confirmadas na média móvel diária. Atualmente, pouco mais de 20% dos novos óbitos por covid-19 no mundo foram registrados no Brasil – primeiro lugar nesse ranking.
Em janeiro, o turista brasileiro gastou US$ 308 milhões no exterior, ante US$ 1,4 bilhão no mesmo mês do ano passado, quando a doença ainda não era uma realidade no país, segundo dados do Banco Central. Números da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) contam história parecida: 221 mil passageiros saíram de aeroportos do país rumo ao exterior em janeiro deste ano, 900 mil menos que um ano atrás.
Na contramão de Brasil, África do Sul e Reino Unido estão Chipre, Bulgária e Nova Zelândia (todos com 80 restrições severas) como os países com menos dificuldade para transitar no exterior neste momento.
Prostíbulo de luxo Bahamas Hotel Club, propriedade do
misógino e bolsonarista Oscar Maroni, é fechado em blitz da pandemia na noite
de quarta, 17.
Redação
quinta-feira 18 de março| Edição do dia
Foto: Reprodução/YouTube
A realidade é que trata-se de um tradicional prostíbulo de
luxo na capital paulista, que já foi palco de cenas grotescas e abomináveis,
com show de reacionarismo e misoginia, envolvendo situações de violência e
humilhação pública de mulheres e distribuição gratuita de cerveja para
comemorar a prisão de Lula no início de 2018.
A aglomeração causada na casa noturna não é uma exceção que
aparece agora, pelo contrário, o local sempre esteve aberto ao longo da
pandemia, gerando cenas cotidianas não apenas de aglomeração, mas de machismo,
misoginia e constante humilhação de mulheres.
Oscar Maroni é um entusiasta apoiador de Jair Bolsonaro e já
foi candidato a deputado federal pelo PROS. O empresário se orgulha de sua
exacerbada misoginia e usou a violência e degradação das mulheres para fazer
sua campanha naquele momento. Seu prostíbulo de luxo não apenas promove
aglomerações em meio a pandemia, que está agora em seu pior momento, mas também
é um local de promoção constante da violência machista.
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