Caso de racismo ocorreu na cidade de Taquaritinga e gerou revolta de funcionários e testemunhas
Uma idosa não permitiu que um enfermeiro negro a vacinasse em Taquaritinga, Região Central de São Paulo, nessa terça-feira (02/03). O caso de racismo aconteceu no Ginásio de Esportes Antônio D'Ambrósio, um dos postos de vacinação contra a COVID-19 drive-thru da cidade.
Segundo informações, a idosa estava em um carro em companhia da filha que, no momento em que o enfermeiro se aproximou para realizar a aplicação da vacina, teria dito: “não se aproxime da minha mãe”. Acredita-se que a filha teria agido a pedido da própria idosa.
Após o ocorrido, o enfermeiro recolheu os documentos da idosa, entregou para outra profissional – que aplicou a vacina na mulher – e foi atender outros idosos que estavam nos carros.
A Prefeitura Municipal de Taquaritinga, por meio de assessoria, disse que “ele (enfermeiro) não percebeu que era um caso de racismo”. Disse ainda que o profissional recebeu apoio dos funcionários que estavam no local e da Secretaria de Saúde. A prefeitura confirmou o caso como sendo racismo.
As mulheres não foram identificadas e as câmeras de segurança estão sendo rastreadas a fim de identificar o veículo em que elas estavam no momento. Com isso, nenhum boletim de ocorrência foi registrado.
O Jornal Cidade On, da Região de Araraquara, também em São Paulo, informou que o enfermeiro é o único negro atuante no local de vacinação e que “ele continuou vacinando os idosos até o encerramento da campanha, às 16h dessa terça”.
A cidade já iniciou a imunização dos idosos acima de 77 anos e já conta com 4.502 doses aplicadas, o que equivale a 7,84% da população de pouco mais de 55 mil moradores.
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